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Os desafios da liderança remota sem perder o propósito - Estou com saudades de voar para São Paulo. Faz 10 meses que não embarco na ponte aérea. Ao mesmo tempo, meus compromissos e todo o networking que eu precisava fazer, agora consigo fazer remotamente.Será o fim da serendipidade como nós a conhecíamos até pouco tempo atrás? É uma pergunta retórica, claro. Não tenho a pretensão de tentar prever o futuro. Mas me parece que, aos poucos, o pêndulo, que foi para o lado do remoto com a pandemia, irá voltar um bocado no sentido da sua posição anterior.Já me deixa satisfeito o passo que foi dado. No período da “grande quarentena” de Rio e São Paulo, consegui dezenas de reuniões importantes com pessoas que teriam sido bem complexas de conseguir presencialmente. Independentemente do modelo, o desafio da liderança é o mesmo: conectar os objetivos estratégicos da empresa com o trabalho do dia-a-dia das pessoas, mantendo-as motivadas e com conexão de propósito. Breve parênteses: a palavra propósito para algumas pessoas vem carregada de uma aura quase mística de ideais inalcançáveis. Pretendo abordar esse tópico em outro momento para desmistificar esse conceito e mostrar que é muito palpável.Nos últimos meses, mentoreei dezenas de clientes da Impulso sobre o trabalho remoto com cultura remote-first. As principais dúvidas rondavam desafios de liderança que deveriam ser preocupações inerentes ao trabalho, independentemente dele ser presencial ou remoto. Aparentemente a pandemia trouxe à tona a real necessidade de desenvolvimento das nossas lideranças. A consciência é o primeiro passo para a evolução. Mas ainda é preciso dar os próximos passos. Como a sua empresa está se saindo nessa caminhada?Conteúdo original em 05/11/2020.

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Os 5 desafios das equipes - O livro "Os 5 desafios das equipes", de Patrick Lencioni, conta numa narrativa super leve um assunto muito complexo e põe o dedo na ferida dos principais desafios sobre liderança. As 5 disfunções, como também são chamadas em algumas traduções, geram um problema comum sofrido por muitas empresas: falta de foco e falta de resultados.A falta de confiança vem quando os membros da equipe não conseguem espaço para mostrar suas fraquezas e ser vulneráveis e abertos uns com os outros. Ela causa uma perda de tempo e energia. Os membros da equipe acabam utilizando comportamentos defensivos e demoram para pedir ajuda ou ajudar uns aos outros. Sobre vulnerabilidade, recomendo também o livro "A coragem de ser imperfeito", da Brené Brown.O medo do conflito faz a equipe não conseguir ter um bom debate sobre coisas que importam. Os membros vão evitar o conflito, criando uma harmonia artificial e um ambiente de trabalho onde não expressam abertamente suas opiniões.A falta de comprometimento torna difícil para os membros da equipe se comprometerem e aceitarem as decisões. Equipes produtivas tomam decisões conjuntas e transparentes. E isso só acontece quando elas estão confiantes de que tem com o apoio de cada membro da equipe. Para isso funcionar, não é necessário buscar consenso, mas sim garantir que todos sejam ouvidos.Evitar responsabilizar os outros: quando a equipe não consegue resolver a falta de comprometimento, é muito difícil as pessoas assumirem responsabilidade. Em uma equipe que funciona bem, cada membro da equipe se responsabiliza pelas suas entregas, mas também lembra de responsabilizar os colegas e aceita quando é responsabilizado.E por fim, sem ter todas as disfunções anteriores resolvidas, a equipe cai na falta de atenção aos resultados. Quando os indivíduos não são responsabilizados, os membros da equipe naturalmente tendem a cuidar de seus próprios interesses ao invés dos interesses da equipe. Para que sua equipe mantenha o foco nos resultados comuns é vital ter métricas claras para avaliar os resultados. Se a equipe já sabe como manter a responsabilidade mútua, eles vão se esforçar para buscar metas comuns e não individuais.Um abraço e até mês que vem!Conteúdo original em 09/09/2020.

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Muito de pouco risco e pouco de muito risco - É engraçado que quanto mais o tempo passa e mais eu decanto conhecimento sobre tecnologia e investimentos financeiros, mais eu correlaciono esses dois mundos aparentemente distintos. Como já estou fazendo ambos há algumas décadas, consigo dar uns pitacos.No final das contas somos sempre nós, seres humanos, com nossa dicotomia tradicional: queremos ganhar dinheiro - ter sucesso, lançar um produto, coloque aqui qualquer coisa que faça sentido pra você - no mercado, sem abrir mão da segurança de que vai dar certo. Mas não existe almoço grátis. Se tem cobertura do FGC para garantir a segurança, alguém está pagando esse seguro. E nesse caso, pagamos a fatura sem perceber… pagamos em rendimento, no baixo índice de rendimento nesse caso. Adicione ainda todos os incentivos, rebates e os conflitos de interesses de gerentes, agentes autônomos, etc, que todos nós já sabemos que existem há muito tempo, mas ficou escancarado publicamente para os desavisados com as recentes brigas midiáticas entre XP e Itaú.Em software todos querem ser ágeis, abraçar a mudança, realizar a transformação digital em suas companhias, mas com a segurança de que no final tudo vai funcionar… A realidade em software é a mesma de um trader no mercado. Se você compra um ativo e ele derrete de preço, você foi um incompetente. Se você compra um ativo e ele se valoriza mil vezes, você foi um incompetente, pois poderia ter comprado muito mais desse ativo.Sempre estaremos errados e nunca haverá a decisão ótima. O melhor a fazer é entender que o erro faz parte do processo, acostumar-se com ele e dormir sempre com o frio na barriga.Um abraço e até mês que vem.Conteúdo original em 05/08/2020.

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